Djalma
Carvalho Maranhão nasceu em Natal no dia 27 de novembro de
1915, filho de Luís Inácio de Albuquerque Maranhão e de Maria Salomé Carvalho
Maranhão. Seu irmão, Luís Inácio Maranhão Filho, deputado estadual no Rio
Grande do Norte e membro do comitê central do Partido Comunista Brasileiro
(PCB), foi dado como desaparecido em 1974.
Estudou
no Colégio Pedro II, em Ceará-Mirim (RN).
Filiando-se
ao PCB — então Partido Comunista do Brasil — por volta de 1930, Djalma Maranhão
residiu por algum tempo no sul do país. Foi cabo do Exército de 1933 a 1935.
Nesse período, de 1934 a 1935, militou na Aliança Nacional Libertadora (ANL),
organização política de âmbito nacional que reunia socialistas, comunistas e
católicos, atraídos por um programa que propunha a luta contra o fascismo, o imperialismo,
o latifúndio e a miséria. No início do Estado Novo (1937-1945) voltou a Natal,
onde passou a editar um jornal vespertino e fundou um clube de futebol. Em 1946
entrou em atrito com os dirigentes locais do PCB, sendo em seguida expulso do
partido. A partir daí, passou a militar no Partido Social Progressista (PSP),
liderado no Rio Grande do Norte por João Café Filho. Por essa agremiação,
elegeu-se prefeito de Natal em 1946.
No
pleito de outubro de 1954, elegeu-se deputado estadual para a legislatura de
1955 a 1959 na legenda da Aliança Social Progressista, constituída pelo PSP e o
Partido Social Trabalhista (PST). Nesse mesmo pleito, Dinarte Mariz, candidato
da União Democrática Nacional (UDN), elegeu-se governador. Em virtude da
aproximação da UDN com o PSP, Djalma Maranhão foi nomeado prefeito de Natal em
1956. Exerceu a prefeitura e o mandato legislativo alternadamente e, em outubro
de 1958, obteve uma suplência de deputado federal por seu estado na legenda da
Frente Democrática Nacional, formada pela UDN, o PST e o Partido Trabalhista
Nacional (PTN). Ocupou uma cadeira na Câmara de julho de 1959 a novembro de
1960. Em outubro deste último ano elegeu-se prefeito de Natal na legenda do
PTN.
Assumindo
a prefeitura em 1961, após a renúncia do presidente Jânio Quadros em agosto
desse ano, foi favorável à posse de João Goulart. Em sua administração deu
prioridade ao setor educacional, lançando a campanha “DE PÉ NO CHÃO
TAMBÉM SE APRENDE A LER” com
o objetivo de erradicar o analfabetismo em Natal através da
conscientização da comunidade. Com a vitória do movimento político-militar de
março de 1964, foi afastado da prefeitura. Preso preventivamente por decisão do
Conselho Permanente de Justiça da 7ª Região Militar, sediada em Recife, em 10
de abril teve o mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos.
Transferido para a ilha de Fernando de Noronha e a seguir para Recife, foi
libertado no final de 1964 por força de um habeas-corpus. Asilou-se a seguir em
Montevidéu e, nos processos a que respondeu, acabou sendo condenado a 18 anos
de prisão.
Faleceu
em Montevidéu no dia 30 de julho de 1971.
Era
casado com Dária de Sousa Maranhão, com quem teve um filho.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1946-1967); CASCUDO, L. História;
GÓIS, M. Pé; SILVA, H. 1964; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (3 e 4); Veja (4/8/71);
VÍTOR, M. Cinc
FONTE
– FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS